A vida
nunca foi tão maravilhosa para aqueles chamados de “nerds” quanto é agora. Seus
filmes, seus livros, séries, jogos favoritos e eles próprios nem podiam
imaginar que um dia estariam em voga e seriam amados, não ridicularizados. Não ousavam
sonhar em ter seu estereotipado estilo almejado e copiado ou em serem
populares. Mas a vida dá voltas.
Antes,
gostar, ser um grande conhecedor de Star Wars ou Star Trek fazia os outros te
associarem com rapazes espinhentos, feios, usando óculos de “fundo de garrafa”
e altamente antissociais. Hoje, é motivo de orgulho, é ser “cult”.
Óculos
costumavam ser um empecilho. Agora são um acessório desejado por muitos. Saber química,
matemática e, principalmente, física servia apenas para ter colegas de classe
querendo copiar suas lições, hoje... Ainda serve para isso.
Mas
a pergunta que ninguém quer responder é: de que adianta tudo isso se no fim os “nerds”
continuam tendo a mesma importância que sempre tiveram? Ou seja, quase nenhuma?
Porque
“nerd” é mais do que filmes e séries; é mais do que uma forma de se vestir. É gostar
– e muito – de aprender, é ter um conhecimento extraordinário, é ter na ponta
da língua aquilo que a maioria pena para lembrar, é ser quase uma enciclopédia
ambulante – sem nenhum sentido pejorativo.
E,
infelizmente, hoje não vale a pena ser inteligente. O que vale é ser esperto,
saber a melhor forma de ganhar dinheiro fácil. Para receber uma bolsa de
estudos nos EUA, não cobram mais QI, cobram um rostinho bonito. Dormir em cima
de livros, cadernos, apostilas... para quê? Ser inteligente é tão cafona...