sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Ser Nerd é Pop... Será?

A vida nunca foi tão maravilhosa para aqueles chamados de “nerds” quanto é agora. Seus filmes, seus livros, séries, jogos favoritos e eles próprios nem podiam imaginar que um dia estariam em voga e seriam amados, não ridicularizados. Não ousavam sonhar em ter seu estereotipado estilo almejado e copiado ou em serem populares. Mas a vida dá voltas.
Antes, gostar, ser um grande conhecedor de Star Wars ou Star Trek fazia os outros te associarem com rapazes espinhentos, feios, usando óculos de “fundo de garrafa” e altamente antissociais. Hoje, é motivo de orgulho, é ser “cult”.
Óculos costumavam ser um empecilho. Agora são um acessório desejado por muitos. Saber química, matemática e, principalmente, física servia apenas para ter colegas de classe querendo copiar suas lições, hoje... Ainda serve para isso.
Mas a pergunta que ninguém quer responder é: de que adianta tudo isso se no fim os “nerds” continuam tendo a mesma importância que sempre tiveram? Ou seja, quase nenhuma?
Porque “nerd” é mais do que filmes e séries; é mais do que uma forma de se vestir. É gostar – e muito – de aprender, é ter um conhecimento extraordinário, é ter na ponta da língua aquilo que a maioria pena para lembrar, é ser quase uma enciclopédia ambulante – sem nenhum sentido pejorativo.
E, infelizmente, hoje não vale a pena ser inteligente. O que vale é ser esperto, saber a melhor forma de ganhar dinheiro fácil. Para receber uma bolsa de estudos nos EUA, não cobram mais QI, cobram um rostinho bonito. Dormir em cima de livros, cadernos, apostilas... para quê? Ser inteligente é tão cafona...