sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

When You Leave

Gente, esse texto aqui se apresentou para mim em inglês (rs), então duas observações: quaisquer erros que encontrem, me deem um toque, ok? É só deixar aí nos comentários. E se alguém quiser que eu poste uma tradução, comenta também ;) Hope you like it!

When everything fades
In the moment I go blind
Can I reach for your hand
To lift me up from this place?
'Cause I can't stand it anymore

I was left behind, no regrets
And even when no one cared
You looked back, stared at me
You felt what no one could see

If I'm weak, please, listen
My heart will keep beating
For you, and all the things I saw
Nothing's fair, you told me then
But I've found strength 
Deep down in your eyes

The time has come for you to go
And take all the memories too
The only thing that's left
A little piece of paper on my bed
Your letter telling me "remember
Not to let them take you down"

Nós Crescemos


De vez em quando tenho o péssimo hábito de parar no meio da aula e ficar observando meus amigos e colegas. Ultimamente, isso tem sido realmente interessantes. O que vou dizer pode parecer manjado, mas para mim chega a ser divertido.
Antes de expor meu divertimento, preciso fazer uma introdução: me lembro perfeitamente da época da minha pré-escola até a quarta, quinta série, quando eu admirava os alunos mais velhos. Eles pareciam independentes, cheios de responsabilidades, inteligentes. Eu sempre os via com montes de cadernos, livros, vestindo roupas “descoladas”, sendo espontâneos, sorrindo, sendo jovens. Não somente eu, mas todos os meus colegas, mal podíamos esperar para crescer e ser como eles.
Hoje temos entre 16 e 17 anos, mas não mantive contato com nenhum amigo do pré, apenas converso com alguns que conheci quando mudei de escola.
Enfim, agora somos adolescentes, agora nós somos admirados por crianças, exatamente como fazíamos dez anos atrás.
Mas o que acho engraçado é olhar para aquelas pessoas que conheci quando só pensávamos que éramos gente e ver que a infância já passou há muito tempo, que sobraram míseros resquícios dela em alguns atos nossos, nada mais. As meninas que brincavam de Barbie já as jogaram em um canto qualquer, junto com os velhos diários, e hoje têm corpos e feições de mulheres feitas. A maquiagem toda borrada, surrupiada da nécessaire da mãe, agora é bem feita, quase item obrigatório nos rostos adolescentes. Os garotos deixaram de ter corpos mirrados para se transformarem em postes falantes. Também já são homens, não têm mais a antiga voz fina e não veem mais as garotas como alienígenas desprezíveis, muito pelo contrário. A cortina de ferro que separava “eles” para um lado e “elas” para outro desapareceu, deu lugar a amizades fortes em muitos casos.
E quando vejo essa mudança toda me pergunto se veremos mais mudanças uns nos outros, não só físicas. Sei que é quase impossível não me distanciar de algumas pessoas, mas eu gostaria de ver o rumo que as vidas de meus amigos mais próximos vão tomar. Pode ser o convencional pacote “namoro, casamento, filhos” ou algo mais alternativo, como “mudança para a Ucrânia”, “integrante de uma banda mundialmente famosa”, “desenhista dos estúdios Disney (ou DC, Marvel, qualquer um)”. Caminhos existem muitos, até mais do que os cabelos brancos que veremos em nós.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Trabalho da Mamãe


Depois de um longo e cansativo dia, Liliane não queria saber de mais nada. Banho, jantar e cama. Isso era tudo o que pedia naquele momento.
 — César? — ela abriu a porta da frente aliviada. Estava em casa. — Amor, já cheguei.
Seu marido não respondeu, mas ela sentiu alguns puxões em sua calça.
— Oi mamãe! — Tomás ficava tão feliz de ver a mãe que seus olhos chegavam a brilhar.
Liliane pegou o filho no colo e imediatamente ele se agarrou como pode à mãe e deitou a cabeça em seu ombro, enquanto ela entrava procurando pelo marido, deixando a bolsa no sofá e os sapatos em um canto da sala.
— Você não deveria estar dormindo, mocinho? Já está tarde. — Tomás não respondeu — Cadê o papai?
Desta vez o pequenino apontou para o quarto dos pais. Sem tirá-lo do colo, Liliane abriu a porta e ouviu o chuveiro sendo desligado. César entrou no quarto logo em seguida.
— Oi amor. — ele olhou confuso para o filho — Tomás, o papai não falou para você não sair do banheiro? — e dirigiu-se à esposa — Ele não quis dormir; queria te esperar.
— Tudo bem. Vou colocar esse mocinho na cama, — ele deu tapinhas de leve no bumbum do filho — e já volto.
Com toda a paciência e se esquecendo do cansaço, Liliane escovou os dentes de Tomás, lhe deu um banho rápido e o vestiu com seu pijama de super-herói. Ela o colocou na cama e ficou ao seu lado. Quando o garotinho estava quase pegando no sono, falou com a voz arrastada, sem forças:
— Mamãe… eu queria que você trabalhasse na TV…
— Por quê?
— Para eu te ver o dia todo, enquanto você trabalha…

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Segredos, Conflitos e Amor - Cap. 30


            — Sabe que eu também achava isso? Até você me trocar pelo Rafael! Faz quase um mês que eu não sei o que é conversar com você, ficar uma hora no telefone só falando bobagem… faz um mês que eu não sei o que é ser sua amiga.
            — Eu nunca te trocaria pelo Rafael, porque quem me entende, quem é a minha metade, é você…
            Calina sorriu, lembrou da conversa que teve com Fumio. Ela se levantou do chão e se jogou no pescoço de Maria, e ainda chorando sussurrou no seu ouvido:
    I’m the only friend that makes you cry”.
            Entre soluços e rostos encharcados de lágrimas, as duas começaram a dar boas gargalhadas.
         — Viu só? Você me apresenta essas bandas ótimas e as letras colam em mim. Você me desculpa?
            — Com uma condição: foi a Alice que encheu seus ouvidos ou não?
            — É, em parte foi. Mas eu admito que muitas vezes mesmo sem ela dizer muita coisa eu acabava entrando na dela, falando mal de você.
            — A sua sorte é que você é minha melhor amiga. Porque metade de mim quer te matar… — Calina arregalou os olhos — mas a outra metade ta muito impressionada com a sua sinceridade. E agora a minha primeira metade vai matar a Alice mesmo! Ai, aquela… eu mato ela!
            — Não perde seu tempo com ela como eu perdi. Apesar de que… eu tenho uma ideia. Ou o começo de uma. Por um tempo, vamos fingir que ainda não estamos nos falando, e eu continuo andando com ela até ter um planinho em mente.
            — E eu achando que eu era má… você me surpreende! Então, combinado. Sem conversas em público por um tempo.
            — Então, até amanhã, inimiga temporária…
            Maria levou Calina até o portão, mas antes que a amiga fosse embora ela se lembrou de algo e disse que voltaria em um minuto.
            — Isso é pra você. Presente de desaniversário.