quinta-feira, 28 de junho de 2012

Meus Amigos... Vaivéns da Vida

Fui fuçar naquelas pastas esquecidas do meu computador, umas com trabalhos de escola da quinta série, outras com músicas que eu nem lembrava mais que existiam e algumas com fotos de gente que simplesmente… sumiu. Inevitavelmente, parei para pensar na vida (que frase de gente velha, meu Deus!).
Fotos de excursões, apresentações de trabalhos, reuniões em casas de colegas, fazendo careta, fazendo pose na frente do espelho do banheiro, tudo o que você imaginar. E isso com gente que eu achava que nunca ia sair da minha vida, ou porque eu gostava demais da companhia, ou porque me dizia que eu era uma amiga pra vida toda, ou pelas duas coisas.
Mas pelo jeito isso não era verdade. Perdi o contato com praticamente todas as minhas amigas mais antigas no momento em que, uma a uma, elas saíam da escola. As conversas intermináveis sobre qualquer assunto disponível se transformaram em curtos ‘oi’, ‘tudo bem?’ e ‘tchau’ nas raras vezes em que nos esbarramos por aí. Se alguém resolve reunir a turma, nem que seja para andar um pouquinho no shopping, vemos como nossas vidas se separaram. Antes, a amizade era tão grande que combinávamos os dias – e às vezes até os horários – em que ‘poderíamos’ ou não fazer cursos e coisas do tipo, só para podermos nos juntar de vez em quando. Agora, sempre acabamos ouvindo de alguém ‘na quinta não posso; tenho curso de Inglês.’, ‘pra mim, pode ser na sexta. Mas tem que acabar às seis, porque às sete tenho natação.’, ‘segunda? É, quem sabe. Não garanto nada!’. É triste, sabia?
Para falar a verdade, só mantive duas amigas depois que elas mudaram de escola. E eram as duas últimas que me restaram das mais próximas. Ou seja, ano novo, escola velha, mas com ‘novas’ amizades.
Percebi que tinha muita gente na minha turma que estudava comigo há anos, que eu conhecia como a palma da mão e que me conheciam quase tão bem quanto eu mesma, mas que nunca nos aproximamos porque… por que, mesmo? Nem eu sabia.
O meu ponto é: quantas vezes ignoramos ótimos amigos por receio, ou até preguiça, de sair daquele círculo de amizades que já temos? E quantas vezes julgamos as pessoas por suas companhias? Ou melhor, apenas por suas companhias?
Digo isso porque hoje um dos meus melhores amigos é um garoto que eu simplesmente não suportava quando era mais nova. Ele nunca tinha feito nada de ruim pra mim; aliás, nunca tínhamos nem conversado. Eu não o suportava só porque ele andava com pessoas que eu realmente odiava (mas por motivos concretos). Acabei descobrindo nele um amigo para todas as horas. E o mais engraçado é que quando comentei isso com uma amiga mais antiga, ela se indignou: ‘o quê?! Ele?! Seu amigo?!’. Juro que tive vontade de soltar algo como ‘ele pelo menos conversa comigo e sei que posso contar com ele. ’, mas fiquei quieta. Não valia a pena perder uma amiga.
É nessas horas que entendemos o bendito ‘há males que vêm para bem’ que tanta gente insiste em dizer. Sempre achei esse ditado meio absurdo, mas vi que faz sentido. Posso ter me afastado de duas pessoas muito especiais, mas encontrei outras duas que iluminam meu dia, outras três que me fazer chorar de rir, outra com quem brigo, mas não sei viver sem. Parei de conversar com três, quatro, para ter conversas incríveis com alguém que adoro. Enfim, não há outro ‘prejuízo’ que tenha gerado tanto lucro.

domingo, 10 de junho de 2012

Participação de Amigos - Johnny Eguti

Dessa vez, o autor que me 'emprestou' um de seus textos já tem um blog próprio, o "Poemas e mais Poemas", que, diga-se de passagem, está cheio de textos lindos. Este poema já foi publicado no PEMP, mas eu o encontrei em um caderno aqui em casa e me senti obrigada a publicá-lo aqui também. Quem quiser ver o original, é só clicar aqui.

Por que existo?
Nesse mundo distinto
Onde os sentimentos que eu sinto
E as coisas que escuto

Os amigos que eu faço
Onde a amizade é um pedaço
Da minha vida que eu traço
E tiro a maldade e amasso

Quando estamos unidos
O tempo juntos é alegria
Mas quando estamos separados
Queremos de volta a brincadeira

Amigas e Amigos
Tapas e Abraços
Piadas e Segredos
Isso só acontece se ficarmos unidos.

Fim de Feriado? Por Quê?!


Estou triste. Alguém pode me explicar porque feriado tem que acabar? Depois de maravilhosos quatro dias em casa, a alegria acaba e lá vamos nós enfrentar a rotina de novo; acordar cedo, sair com vento gelado na cara, às vezes debaixo de chuva.
Dessa vez acho que muita gente ficou em casa, não viajou, porque o tempo não estava muito propício para isso; mas e quando o sol está brilhando, aquela brisa quentinha está soprando e a ociosidade está se instalando no seu corpo? Quando você dá graças porque quarta-feira está acabando, quinta-feira é feriado e você vai viajar… uma delícia.
Mas não sei o que é mais difícil: (fingir)não lamentar o fim de um feriado ensolarado ou deixar para trás os dias que você passou deitado, quentinho e enrolado em um cobertor porque estava fazendo um friozinho gostoso. Dá vontade de chorar só de pensar nisso!
Para falar a verdade, a melhor parte do feriado não é ‘o feriado’ em si, mas a espera por ele. Já reparou como todos ficam felizes nos dois dias que antecedem a folga, principalmente quando há alguma ‘emenda’ envolvida? Planos pipocam por todos os lados: cinema, churrasco na casa do amigo, almoço na casa da avó, maratona de algum seriado na casa de alguma amiga, acompanhada de brigadeiro de colher (é impressão minha ou sempre tem comida no meio?).
E dá até para fazer um mapeamento de nossas atitudes durante as ‘mini-férias’. No primeiro dia de descanso, você ainda está pensando ‘tenho o feriado todo pela frente…’; no segundo dia, a realidade começa a te atingir e a contagem regressiva começa também; o terceiro dia é quando o pânico tem início: ‘está acabando! Mas nem descansei direito! Nããããoo…’; e o quarto (e normalmente último) dia é o dia de perder as esperanças. Você acorda pensando em aproveitar ao máximo as últimas horas nas quais a preguiça lhe é permitida, e quando se dá conta, já são seis da tarde. O coração começa a se apertar e de vez em quando até uma pequena lágrima desponta do canto do olho.
Se você é como eu, o grande problema é quando o feriado acaba no domingo. A musiquinha que anuncia o fim do Fantástico desencadeia o desespero. Ela é sinônimo de fim do dia, fim de alegria, fim de ‘vou dormir até meio-dia’.
Agora, com licença, vou aproveitar as últimas dez horas do meu feriado!

domingo, 3 de junho de 2012

Dia dos Namorados... Argh!


Maldito dia dos namorados… faltam mais ou menos duas semanas para esse dia martirizante, e desde que o dia das mães passou praticamente TODOS os meios de comunicação só falam nele. No rádio, sorteios de kits, jantares românticos; na TV, um comercial atrás do outro, todos com casais apaixonados, se beijando, se abraçando, se amando. E as revistas? Ah, as revistas. Estou plenamente convencida de que os editores odeiam gente solteira. Parece que nessa época do ano as revistas têm uma foto de casal a cada duas páginas!
E para aqueles não muito amigos de informações, temos as lojas. É simplesmente incrível como não há uma única vitrine sem algo que faça menção ao amor: cupidos, corações, flores, qualquer coisa que deixe a paisagem ainda mais poluída visualmente. Chega ser nauseante.
Juro que não me importo de ser solteira, pelo contrário, mas o dia dos namorados parece ter o poder de fazer todos na mesma condição que eu se sentirem “o cocô do cavalo do bandido”, como diz meu pai. Mesmo quem costuma ser feliz, livre, leve e solto sem um namorado, noiva, “ficante” e coisas do gênero fica se perguntando: “por que todos namoram, menos eu? O que tem de errado comigo? Não sou uma pessoa namorável? Estarei destinado a ser mais um forever alone?”
A TV deveria ter três programações diferentes para as três semanas anteriores ao dia dos namorados, que é quando as coisas ficam insuportavelmente melosas. Olha que prático: ao ligar a televisão, apareceria uma mensagem na tela,
“Programação especial, aperte
1. se você tem um(a) namorado(a) e se importa com o dia dos namorados
2. se você tem um(a) namorado(a) e não se importa com o dia dos namorados
3. se você não tem um(a) namorado(a) e está deitado no sofá, se entupindo de besteira e se perguntando por que ele(a) não se importa com você”
A diferença seria a quantidade de casais felizes aparecendo. Em 1, você os veria o tempo todo (como acontece normalmente); em 2, por um período razoável, e em 3 eles não existiriam! Muito simples.
Mas eu também proponho uma mudança de nome para o dia 12 de Junho. Ao invés do batido Dia dos Namorados, teríamos o Dia das Relações Afetivas. Não tem um namorado? Ótimo, comemore com o melhor amigo, ou amiga. Não tem melhor amigo? Alguém da família também serve. Pai, mão, irmãos, primas, avó, quem você quiser. Não tem família? Que tal um cão, um gato? Não? Bem, sinto muito.
Viu só? Tem solução para tudo no dia dos namorados. Só não tenho solução para o cara que não der presente para a namorada. Aí, boa sorte.