sábado, 28 de abril de 2012

Participação de Amigos - Leandro Casio

Este texto foi escrito pelo meu amigo, Leandro Casio, em um de seus momentos de inspiração. Gostei muito e achei que merecia um espacinho aqui no blog! Espero que ele libere a criatividade assim mais vezes!



No silencioso frio da madrugada apenas se ouvia o som do vento soprando sobre as árvores e na escuridão eu escrevia este texto. Logo minhas lembranças começaram a passar em minha mente, então parei para pensar. Talvez eu estivesse tendo uma conversa comigo mesmo… o que concluí? Talvez essa seja a questão que irá diferenciar os meus sonhos da realidade, e prefiro viver feliz na ilusão ao invés de ver, sentir e viver em um mundo que apenas me traz tristeza.
Sonhei diversas vezes que você compartilhou o amor que eu tenho por você, mas quando eu acordava percebia que tudo não se passava de uma ilusão, e que a realidade era onipresente. No entanto, algo me dava esperanças; não era o sonho, e talvez não fosse a verdade, mas era o que me satisfazia: ver você quase todos os dias, poder ver o sorriso em seu rosto, sentir o cheiro do seu perfume e ouvir você me chamando de “amigo”. Acredito que a paixão sempre vem de uma bela amizade, e não irei te obrigar a crer em minhas palavras, mas a verdade é que discutir sobre o amor que eu sinto por você é impossível e sem sentido.
Talvez você não sinta o mesmo por mim, talvez eu nunca tenha o seu amor, talvez os meus sonhos nunca tornem realidade, mas estes ‘talvez’ são apenas hipóteses. Tenho confiança em mim mesmo e acredito que irei te conquistar e te amar pro resto da minha vida sem ter medo de me arrepender.

            “Tento não pensar em muitas coisas para não esquecer as lembranças que tive com você”
            “Se pudéssemos voltar atrás, nunca aprenderíamos a seguir em frente.”

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Segredos, Conflitos e Amor - Cap. 21

           — Essa turma aí do fundo é impossível, hein? Nem em dia de prova vocês sossegam? Silêncio por favor, vou entregar as provas. E quem terminar me devolva e saia da sala.
            Os quatro deram risadas abafadas e começaram a resolver as questões. O lápis de Maria não parava, assim como o de Sasha. Calina ia respondendo pouco a pouco, Rafael também, todos da sala. Menos Alice. Ela pegava a caneta, a apoiava no papel, mas logo desistia e a colocava de volta em cima da carteira. Sentada ao seu lado, Tatiana até tentava “ajudar” a amiga empurrando a prova para um lugar onde ela pudesse ver alguma coisa, mas não adiantou nada.
            Vinte minutos depois do início da prova, Rafael entregou a folha, seguido por Maria, e os dois saíram da sala e ficaram sentados no corredor, em frente a porta.
            — Muito difícil, Sra. Nerd?
            — Não… e pelo visto você também se deu bem, né? Terminou rapidinho. Ou foi só pra sair da sala?
            — Tudo bem, sou culpado pela última acusação.
            — Tsc, tsc. Que coisa feia… — Maria bateu de leve na perna de Rafael e pegou sua mão, entrelaçando seus dedos com os dele e apoiando a cabeça no seu ombro — essa prova me deu sono, sabe? Eu vou acabar dormindo se não deixarem a gente voltar para a sala logo.
            O coração de Rafael estava um pouco acelerado, e ele se sentia um completo idiota por isso. Mas pelo menos parecia que ele tinha uma chance com Maria. Enquanto Sasha ficasse longe dela. O problema é que ele sabia que isso era difícil de acontecer.
            Alguns minutos mais tarde, Calina apareceu pela porta, parecendo cansada.
            — Provas de Física acabam comigo, — ela se sentou ao lado de Rafael — mas acho que não tanto quanto essa vai acabar com a Alice. A prova dela ta em branco. A Tati já tentou passar cola, mas parece que ela não quer. Aliás, o que realmente parece é que olhos dela estão costurados ao Sasha. Ela ta hipnotizada.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Eu, Você e o Dudi

— Você me ama?
— Claro que sim. Mais até do que amo o Dudi.
— O Dudi é um cachorro…
— Mas eu gosto muito dele, quase um filho pra mim.
— Não deixa seus amigos te ouvirem, Marcelo. Vão te chamar de um monte de nomes.
— Que chamem. Cuidei do Dudi, não cuidei? Limpei o xixi, o cocô e dei comida.
— Mas isso até eu fiz…
— Então ele é seu filho também, Lu.
— Eu? Mãe? Sem ser casada? — ela riu.
— Isso se resolve fácil: casa comigo.
— Sério?
— Muito. Se eu te amo mais do que amo nosso filho, dá pra casar, não dá? Se você me amar também é melhor ainda.
— Hm. Acho que amo mais o Dudi. Será que ele aceita casar comigo?
— Você não pode casar com seu filho. Mas comigo você pode.
— Então ta.
— Aceita?
— H-hm.
— Peraí… toma. Ou melhor, dá a mão. Pronto. Estamos casados.
— Anel de embalagem de Sonho de Valsa?
— O que importa é a intenção, minha esposa.
— Não; o que importa é o nosso amor, marido.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Segredos, Conflitos e Amor - Cap. 20

            Primeira aula do dia: Inglês. Todas as apostilas em cima das carteiras estavam abertas, mas só duas ou três estavam realmente em Inglês. As outras exibiam páginas de Biologia, Matemática, Química e principalmente Física. Olhando da frente da sala, a professora se revoltava em dar aula para “meia-dúzia de gatos pingados” e Maria se divertia com o desespero dos colegas, que apesar de dizerem que mais uma nota vermelha em Física os faria repetir de ano, fizeram como sempre e deixaram para estudar (ou decorar) o conteúdo na véspera. É, aquilo não iria mudar nunca.
            Assim que o sinal para a segunda aula bateu, o desespero correu a sala. Era hora da prova, que mesmo sendo no terceiro bimestre, poderia decidir quem iria para o segundo ano do ensino médio.
            — Bom dia… — a professora ficou sem resposta — gente, eu falei bom dia. E não pensem que essas caras de cachorrinhos sem dono vão me fazer mudar o dia da prova. Então, que tal começar de novo? Esperem um pouco. — ela saiu da sala e entrou de novo — Bom dia!
            Depois de risadinhas nervosas, todos responderam.
            — Vamos ver até quando esse bom humor dela dura. Maria, você que é fera em adivinhar tudo, qual é o seu palpite?
            — Acho que até ela começar a corrigir as provas. Principalmente a sua, Rafael. Depois dessa, qualquer sintoma de aborrecimento dela é culpa sua.
            — Bom, pra falar isso, nem é preciso ser bom em palpites. Basta ter noção da realidade…
            — Ah, Sasha, fica quieto. Você também, Calina, pode parar de rir! Sua prova nem é lá grande coisa também!
            — Pelo menos minha nota sempre é maior do que a sua…