—
Sasha você sabe por que a Maria faltou hoje?
Impaciente,
ele mal começou a frase e já estava saindo do banheiro.
—
Se você não sabe da sua namorada como é que eu vou saber?
Rafael
segurou Sasha pelo antebraço.
—
Namorada? Como assim?
Sasha
puxou o braço com força.
—
Sem essa, cara. Eu sei que você estão namorando.
—
Bem que eu queria dizem que sim, e você sabe disso. Mas a Maria não quer nada
comigo. Mas afinal, você sabe ou não porque ela faltou hoje?
—
Não.
Era
quase impossível descrever o que Sasha estava sentindo naquela hora. Alívio,
alegria por saber que ainda tinha chances com Maria; um pouco triste por saber
que seu amigo também estava triste. Ele só tinha certeza de que queria que o
último sinal tocasse, para poder finalmente falar com a única garota que
ocupava sua mente há muito tempo.
Parado
no portão de Maria, ao invés de tocar a campainha, Sasha pegou o celular.
Quatro toques depois, ouviu uma voz rouca.
—
Só você mesmo pra me tirar do repouso, né?
—
Eu também estou bem, obrigado por perguntar.
—
Não sei se o “também” pode ser usado nessa frase… eu to qualquer coisa menos
bem.
—
Então agora você vai ficar ótima. Adivinha onde eu estou? — enquanto falava,
Sasha reconheceu um papel que estava caindo do saco de lixo. O bilhete que
tinha feito para Maria, com algumas gotas de sangue. Com certeza ela estava com
ele na sexta-feira.
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