No último fim de semana, acordei, tomei café e fui direto
para o computador, usar a internet. Coloquei o plug na tomada, liguei o
estabilizador, apertei o botãozinho do gabinete, vi o monitor acender e,
enquanto esperava o PC inicializar, fui pegar um copo de suco na cozinha. Até aí,
nada de extraordinário. Voltei e tentei conectar a internet. Meu estresse
começou aí. Eu realmente só tentei, porque conectar que é bom, nada.
A janela “Estabelecendo conexão por miniporta WAN (PPPOE)”
abria, mas depois de longos segundos aparecia bem no meio da tela “Erro 678: o
computador remoto não responde”. Pacientemente, cliquei em “Rediscar”. Fiz isso
mais uma, duas, cinco, oito vezes, até que, com o sangue fervendo, resolvi
desligar o computador, desconectar e reconectar todos os cabos do modem. Se adiantou?
Não.
O que quero mostrar contando tudo isso é o vício que temos
em tecnologia, em estarmos o tempo todo conectados. Gastei quase uma hora inteira
do meu dia tentando ligar uma coisa sem a qual eu deveria viver perfeitamente
bem. Afinal, o que há de tão importante nela? Facebook? Jogos? YouTube? Se eu
ao menos trabalhasse, poderia dizer que precisava verificar meus e-mails,
talvez. Mas na realidade eu queria me conectar pelo simples hábito – além do
fato que, se estou pagando pela prestação de um serviço, devo recebê-lo, não?
Outro dia, esqueci meu celular na escola e só fui recebê-lo
na manhã do dia seguinte, ou seja, passei 20 horas sem ele. E não senti a menor
falta de acender sua tela a cada meia hora para saber se eu tinha uma nova
mensagem, alguma perdida ou de ficar apertando botõezinhos indefinidamente,
jogando Block’d. Mas sei que sou uma exceção à regra, que a maioria das pessoas
sentiria no mínimo um desconforto diante dessa situação.
E nosso vício vai muito além de computadores e celulares:
videogames, iPods, iPads, microondas, geladeiras, máquinas de lavar e até
secadores de cabelo e chapinhas.
Nas palavras de Einstein, “temo o dia em que a tecnologia se
sobreponha à humanidade. Então o mundo terá uma geração de idiotas”.
Muito bom o texto e mostra uma grande realidade dos jovens de hoje e infelizmente estou envolvido no meio desse grupo de viciados, porém estou tentando parar um pouco de utilizar meus equipamentos tecnológicos para ter mais tempo para ler meus livros. E como você é viciada em Block'd...
ResponderExcluirObrigada pelo elogio! E quanto ao Block'd, bem... os estudos estão me obrigando e manter distância dele por enquanto hahaha
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