sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Não Sei Fazer Redação

O texto de hoje é resultado de uma sugestão do meu professor, que disse ter feito algo parecido quando criança. Devo ter sido a única da minha sala a acatar a sugestão, mas tudo bem hahaha

Já estou aqui há mais de meia hora e ainda não desenvolvi uma tese. Sim, porque hoje minhas redações não têm começo, têm - ou deveriam ter - tese. Ah, a vida do primário era tão fácil... bastava escrever uma historinha, com começo, meio e fim e a "tia" elogiava, achava aquele pedaço de papel com 15 linhas escritas uma maravilha! Agora me obrigam a fazer uma coisa que é impossível para mim: transmitir ideias, defender um ponto de vista e fazer os outros acreditarem nele. Pelo papel.
Eu. Não. Sei. Fazer. Redação. Não ganho uma discussão nem ao vivo, olhando para a pessoa, quanto mais sem saber quem ela é.
E não é falta de leitura da minha parte. Leio Poe, Wilde, Veríssimo, Machado, Drummond, Rowling e muitos outros. Mas obviamente há uma diferença entre nós. Eles provavelmente sabiam fazer uma redação quando frequentavam a escola. Boas redações, sobre assuntos relevantes. O máximo que arranco de minha caneta, e ainda assim, sob muita tortura (tanto dela quanto minha), é meia dúzia de linhas sobre "as minhas férias". Ou seja, muito menos do que as benditas vinte linhas exigidas.
Aliás, por que vinte linhas? Se o objetivo é transmitir ideias, uma ou duas linhas bastariam, quem quisesse saber mais que me procurasse. Duvida? Pois bem, eu acho que deveríamos parar de fazer redações, economizar papel e cortar menos árvores. Seria um mundo tão feliz...

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