Maldito dia dos namorados… faltam mais ou menos duas semanas
para esse dia martirizante, e desde que o dia das mães passou praticamente
TODOS os meios de comunicação só falam nele. No rádio, sorteios de kits,
jantares românticos; na TV, um comercial atrás do outro, todos com casais apaixonados,
se beijando, se abraçando, se amando. E as revistas? Ah, as revistas. Estou
plenamente convencida de que os editores odeiam gente solteira. Parece que
nessa época do ano as revistas têm uma foto de casal a cada duas páginas!
E para aqueles não muito amigos de informações, temos as
lojas. É simplesmente incrível como não há uma única vitrine sem algo que faça
menção ao amor: cupidos, corações, flores, qualquer coisa que deixe a paisagem
ainda mais poluída visualmente. Chega ser nauseante.
Juro que não me importo de ser solteira, pelo contrário, mas
o dia dos namorados parece ter o poder de fazer todos na mesma condição que eu
se sentirem “o cocô do cavalo do bandido”, como diz meu pai. Mesmo quem costuma
ser feliz, livre, leve e solto sem um namorado, noiva, “ficante” e coisas do gênero
fica se perguntando: “por que todos namoram, menos eu? O que tem de errado
comigo? Não sou uma pessoa namorável? Estarei destinado a ser mais um forever alone?”
A TV deveria ter três programações diferentes para as três
semanas anteriores ao dia dos namorados, que é quando as coisas ficam
insuportavelmente melosas. Olha que prático: ao ligar a televisão, apareceria
uma mensagem na tela,
“Programação especial, aperte
1. se você tem um(a) namorado(a) e se importa com o dia dos
namorados
2. se você tem um(a) namorado(a) e não se importa com o dia
dos namorados
3. se você não tem um(a) namorado(a) e está deitado no sofá,
se entupindo de besteira e se perguntando por que ele(a) não se importa com você”
A diferença seria a quantidade de casais felizes aparecendo.
Em 1, você os veria o tempo todo (como acontece normalmente); em 2, por um período
razoável, e em 3 eles não existiriam! Muito simples.
Mas eu também proponho uma mudança de nome para o dia 12 de
Junho. Ao invés do batido Dia dos Namorados, teríamos o Dia das Relações
Afetivas. Não tem um namorado? Ótimo, comemore com o melhor amigo, ou amiga. Não
tem melhor amigo? Alguém da família também serve. Pai, mão, irmãos, primas, avó,
quem você quiser. Não tem família? Que tal um cão, um gato? Não? Bem, sinto
muito.
Viu só? Tem solução para tudo no dia dos namorados. Só não
tenho solução para o cara que não der presente para a namorada. Aí, boa sorte.
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