quinta-feira, 12 de abril de 2012

Eu, Você e o Dudi

— Você me ama?
— Claro que sim. Mais até do que amo o Dudi.
— O Dudi é um cachorro…
— Mas eu gosto muito dele, quase um filho pra mim.
— Não deixa seus amigos te ouvirem, Marcelo. Vão te chamar de um monte de nomes.
— Que chamem. Cuidei do Dudi, não cuidei? Limpei o xixi, o cocô e dei comida.
— Mas isso até eu fiz…
— Então ele é seu filho também, Lu.
— Eu? Mãe? Sem ser casada? — ela riu.
— Isso se resolve fácil: casa comigo.
— Sério?
— Muito. Se eu te amo mais do que amo nosso filho, dá pra casar, não dá? Se você me amar também é melhor ainda.
— Hm. Acho que amo mais o Dudi. Será que ele aceita casar comigo?
— Você não pode casar com seu filho. Mas comigo você pode.
— Então ta.
— Aceita?
— H-hm.
— Peraí… toma. Ou melhor, dá a mão. Pronto. Estamos casados.
— Anel de embalagem de Sonho de Valsa?
— O que importa é a intenção, minha esposa.
— Não; o que importa é o nosso amor, marido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário