Não sei se é ruindade da minha parte, egoísmo ou coisa do
gênero, mas meu amor não é tão altruísta quanto o amor dos outros.
Eu dificilmente – para não dizer ‘nunca’ – falaria a famosa
frase “o que me importa é a felicidade dele. Mesmo que essa felicidade não seja
ao meu lado”.
Pode até ser falta de maturidade, e quando o assunto sou eu,
esta hipótese nunca pode ser descartada, mas quando gosto de alguém, é porque
quero que essa pessoa seja minha, e a menor proximidade com possíveis
adversárias (leia-se: garotas lindas e simpáticas) me tira do sério. Meus
sentimentos podem não ser de conhecimento geral, mas ainda assim tenho a ilusão
de que eles deveriam ser levados em conta antes de qualquer aproximação do tipo
já mencionado.
Aliás, acho que todas as garotas (falo só pelo sexo
feminino… meus amigos homens são muito, ãh, reservados nesse ponto) já sentiram
aquele desconforto começando lá na barriga, e que vai subindo aos poucos. Passa
pelo estômago, sobe com aquele aperto, e finalmente chega no peito, no meio
dele, transformado em uma terrível e amarga… raiva. Tudo isso por causa de uma
inocente conversa daquele cara maravilhoso com uma amiga mais próxima.
Seria lindo dizer que gosto tanto de uma pessoa a ponto de
colocar a felicidade dela à frente da minha. Lindo, mas uma enorme mentira.
Sinceramente acho que, no fundo, nenhum amor é desapegado. Se
pensamos na pessoa, choramos por ela, se faríamos de tudo para tê-la por perto,
é porque gostaríamos que ela fossa nossa. Não de outra pessoa qualquer. Amor
desapegado não é amor; é um simples carinho pela pessoa, uma amizade, uma boa,
ótima amizade.
Mas no meu caso, nem as amizades escapam do meu ciúme. Só
que isso já é assunto para outro texto.
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