Deitada
na cama, Maria estava pensando no que tinha acontecido. Ela olhou para o lado,
viu seu celular e decidiu ligar para Calina, desabafar. O problema era que seu
cérebro a mandava fazer isso, mas seus dedos não o obedeciam.
Tecla após tecla,
ligaram para Sasha. Três toques depois, sua voz surgiu do outro lado da linha.
—
Alô?
—
Oi Sasha…
—
Maria? Você ta bem?
—
Eu briguei com a Alice, esqueceu? Queria que eu tivesse como?
—
Nervosa. Não triste, com esse nó aí na garganta. — era impossível esconder
alguma coisa dele — Vai, me conta o que aconteceu.
—
Bobeira minha, eu acho. Liguei mais pra ouvir a voz de alguém.
—
Ah, sei. Você não vive sem mim, essa é a verdade! — ele riu — Mas falando
sério, você sabe que pode contar comigo pra tudo, eu te amo. — “isso de novo?”
Maria pensou — Assim como a Calina e o Rafa. Amor de amigo só perde pra amor de
mãe, sabia? Ainda mais a gente, que se conhece desde sempre.
Amor
de amigo… Maria sentiu um aperto no coração a ouvir isso e a partir daquele
momento se convenceu de que não poderia mais negar que gostava de Sasha. Mas se
a recíproca era verdadeira, isso era outra história.
—
Sasha, vou desligar. Precisava ter ligado pra minha mãe meia hora atrás.
—
Cansou de ouvir a voz de alguém, foi?
—
Nossa, como você é engraçado… é por isso que eu te amo. Tchau, beijo.
—
Tchau. Mas, espera, fala de novo?
—
Falar o quê?
—
Que me ama.
—
Te amo.
—
Também te amo. Tchau, linda.
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