— Ok, ok. Vou tentar me controlar.
— Melhor assim. Se você pensar bem, nem é tão ruim assim.
— Não é tão ruim assim?! É péssima, horrível!
— E lá se vai o controle…
— Que se dane o controle, ela me provoca!
— Ignora.
— Odeio quando ela se finge de amiguinha minha.
— Releva.
— E a cara de desdém quando olha pra mim?
— Vira pro outro lado.
— De que lado você ta?
— De lado nenhum, to na sua frente.
—…
— Você não vai querer que eu veja as coisas pelo mesmo ângulo que você, né?
— Podia tentar.
— É biologicamente impossível que eu enxergue tudo igual a uma garota!
— O Dudu enxerga! Tem exatamente o mesmo corpo que você.
— Exatamente o mesmo corpo vírgula, o cérebro deve ser completamente diferente.
—…
— Ele é gay.
— E…?
— Deixa pra lá. Sério que você não sabia?
— Sabia o quê?
— Que ele é gay.
— (suspiro) Sabia.
— Peraí… esse suspiro… você…?
— Não vem ao caso. O que realmente interessa é que a Susu me irrita… ei!
— Ôu, não me bate não!
— Então para de viajar e me ouve!
— Desculpa aí, mas com a Susu como assunto é meio difícil.
— Ah, vai te catar. Vou falar com o Dudu.
— Hmmm… ei, dedo do meio não vale! Ai, ai… coitada dela.
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