terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Se Eu Fosse Uma Rosa - Capítulo 04

O casal se sentou novamente, chamou o garçom e fez o pedido. Caio ainda estava incomodado, e Laura tentava acalmá-lo.
— Tudo bem, ele já foi embora. Aliás, quem será que o avisou de que estaríamos aqui hoje de novo? Todos já tinham ido.
— Não sei, quem sabe foi a própria aniversariante, que quis me deixar com ciúme, talvez. E se queria, conseguiu.
— Caio, não fale assim comigo. Se for para me tratar mal, me levanto agora mesmo e vou embora. Eu falei que nós não devíamos voltar aqui, quem insistiu foi você. Então não ponha a culpa em mim, me ouviu? E por que…
— Meu amor, me desculpe. — ele parecia realmente arrependido de tê-la culpado — É que o Pietro simplesmente… me tira do sério.
Ela sorriu, mostrando que o entendia. Naquele momento, se olhavam com tanto carinho que se na ocasião eu tivesse um coração, ele iria pular de alegria. Mas como isso não era possível, apenas o que fiz foi abrir um pouco minhas pétalas e tentar fazer meu perfume chegar até eles. Não dizem que perfume de rosas é romântico?
— Que cheiro bom… de rosas. — Laura procurou de onde o cheiro vinha. Quando me achou, ficou espantada — Nossa! Como uma rosa que ainda nem desabrochou pode cheirar tão bem?
Caio foi até o garçom que tomava conta do bar e perguntou se poderia pegar a rosa do vaso. O garçom olhou para o vaso com um olhar de ‘e por acaso tem alguma rosa aqui?’. Assim que viu que se tratava de uma flor que não fazia diferença no arranjo, apenas acenou um sim com a cabeça.
— Uma flor para uma flor.
— Deixe de ser cafona. — Laura sorriu — Obrigada.
O almoço chegou e eles o comeram no mesmo clima de romance. Os dois tinham uma hora e meia de almoço nos empregos, então decidiram ir a uma sorveteria que ficava por perto para comerem algo doce.

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