domingo, 11 de dezembro de 2011

Se Eu Fosse Uma Rosa - Capítulo 06

— Como você é infantil, Caio! Parece que desde os cinco anos de idade seu cérebro continua o mesmo. — ela não teve resposta. Caio não acreditava naquilo que via.
Pietro não conseguia respirar e tentava a todo custo puxar ar para os pulmões. Posso estar enganada, mas aquilo era puro fingimento. Um pouco de sorvete, ou saliva, ou seja lá o que tenha feito ele engasgar, não poderia deixá-lo naquele estado.
— Pietro, calma, a gente vai procurar ajuda. — Laura olhou para o namorado, virou os olhos e foi com Pietro para fora.
Agora estavam a garçonete e Caio paralisados. Ele, quando percebeu a sujeira que tinham feito, pegou alguns guardanapos e limpou o sorvete que estava no chão. Me apanhou, pediu desculpas e foi embora para casa.
Eu estava indignada. Como era possível a namorada dele proteger outro rapaz e ele nem ao menos ir atrás dela para se defender? Eu sei que provavelmente ele estava completamente desnorteado por ter visto isso e que não conseguiria dizer algo que fizesse sentido para ela, mas não custaria nada tentar.
Ele abriu a porta do apartamento e fechou-a tão devagar que parecia que qualquer movimento mais brusco o faria cair no chão, transformado em pó. Dali, foi direto para o quarto, me colocou ao lado do travesseiro, pôs uma bermuda e se jogou na cama, sem se importar se viraria pó ou não. Ele fechou os olhos e apoiou os dedos entrelaçados sobre eles. Em seguida, se lembrou de mim, e me segurando pelas pétalas começou a me observar, como se fosse um filme muito interessante. Ele curvou os lábios em um sorriso. Me deixou de lado novamente e pegou o telefone ao lado da cama. Discou, ainda sorrindo.
Crente que a ligação era para Laura, e depois disso os dois se entenderiam, uma alegria súbita brotou dentro de mim. Mas me desanimei logo:
— E aí, Arthur? Tudo bem aí no escritório? Eu queria te pedir um favor… ah, tudo bem. Mas, por favor, avise todo mundo aí que eu não volto mais hoje… é, tive alguns problemas… não, comigo está tudo bem, sim… com a Laura e com a minha família também, agradeço a preocupação. Não é nada sério. Amanhã eu apareço. Obrigado. Não durma, hein? Não vou estar aí para te acordar! É… tchau.

Nenhum comentário:

Postar um comentário