sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Se Eu Fosse Uma Rosa - Capítulo 08

Ela bufou do outro lado da linha.
— Fala logo.
— Eu preciso da sua ajuda. Você sabe o quanto eu gosto da Laura, por favor, me ajuda a não perder ela.
— Não sei se você merece.
— Por favor, Amanda. Eu estou sendo sincero.
Ela bufou de novo.
— Tudo bem, eu te ajudo. Ou melhor, tento. O que eu posso te dizer é que ela vai jantar no Le Coc Rouge de novo, às sete, e ela vai com o Pietro. Dê um jeito de ir até lá e fazer ela te desculpar. E eu não te contei nada, ouviu bem? Se a Laura souber…
— Amanda, muitíssimo obrigado. Espero que um dia eu possa te ajudar tanto assim.
— De nada. Preciso desligar, tchau.
— Tchau.
Caio devolveu o telefone ao gancho com um sorriso de orelha a orelha, e aquela alegria me contagiou. Me fez até desabrochar. Foi como mágica. Um segundo antes eu era praticamente um botão, e naquele instante já era uma rosa, bonita.
Às seis e quarenta e cinco, Caio estava saindo para ir ao restaurante reconquistar Laura, e me levava junto. No caminho, ele parou em uma floricultura e comprou um buquê de rosas vermelhas e um cartão, também vermelho, no qual escreveu alguma coisa que não cheguei a ver. Eu tinha certeza de que ou ele me deixaria e levaria apenas o buquê ou me colocaria junto com as outras rosas, mas nada disso aconteceu. Parecia que de alguma forma, por ter passado por tudo junto com ele, eu era especial.
No restaurante, não foi difícil achar o Pietro e a Laura, eles estavam na mesma mesa em que tudo começou: a que ficava na frente do vaso de flores.
Laura viu Caio rápido, e primeiro pareceu estar feliz por ver que ele havia arrumado uma forma de achá-la e ido atrás dela, mas mudou subitamente da alegria para a raiva. Ela engoliu com força e depois de ter olhado fixo para ele por um longo tempo, virou os olhos para o teto e desviou sua atenção para seu prato.

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