Alice apareceu com o nariz vermelho e o rosto um pouco úmido. Quando percebeu que estavam olhando para ela, passou a mão nos cabelos longos e se virou com um sorriso que dizia “por favor, finjam que não sabem que eu estava chorando”. Mas Maria era muito curiosa e um tanto irônica dependendo da situação, então fingiu que não sabia de nada e perguntou se estava tudo bem. Como resposta, Alice só piscou os olhos em afirmação e logo em seguida apanhou todo o material para ir embora, dizendo que ainda não tinha estudado nada para a prova de Física do dia seguinte e precisava de muita nota naquela matéria. Assim que disse tchau, Sasha apareceu no portão, com sua calma de sempre.
— Sasha! Até que enfim você apareceu! — Maria se levantou e pegou a mão do garoto, puxando-o para dentro da escola — A gente tem que fazer o trabalho!
— Epa, calma aí! Achei que ainda eram duas e meia e… — olhando no relógio — e são duas e meia! Tem muito tempo ainda! Respira um pouco, se acalma e não me faz correr, porque eu acabei de almoçar.
— Ótimo pra você, agora vamos. Fumio, você também.
Quando eles entraram, Alice comentou como Maria era afobada e ‘quase’ mandona com Sasha. Calina e Rafael riram, concordando.
— Você tem razão. Mas, convenhamos, ele gosta. Ou melhor, adora que ela seja assim.
Vendo que ela não tinha entendido, Rafael continuou:
— Vai dizer que você não reparou que ele nunca reclamou dela e sempre faz o que ela quer sem dizer nada? Se ele realmente não gostasse disso, a Maria já teria parado há muito tempo.
— Hum, é verdade. Bem, agora tô indo mesmo. Tchau.
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